quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Deixa eu sonhar

Deixa eu sonhar com a menina 
com seus cabelos da cor do sol

faz exalar pelos poros 
poesia pura e solos

solos do meu coração
que palpito um baião

pra rasta pé no salão
pra dançar sem confusão 

forregando na poeira
arroxadinho no salão

depois descer a ladeira 
sem desgrudar da tua mão

vou te deixar na tua casa

pra te beijar no portão.


quinta-feira, 10 de setembro de 2015

musica para meus ouvidos

Ao som das moedas 
na lata de um mendigo
balançando

os políticos estão dançando!

Ao som da marreta e da talhadeira 
de um trabalhador

O governo confirmou
isso é musica para os meus ouvidos.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Paciência

Não tenha medo de me reencontrar por ai
em qualquer lugar que me encontrar 
sera um reencontro e não um encontro

Conto com a sua coragem de se aproximar
pois isso não posso mais tentar!

Quanto mais me aproximo de ti
mais te alarga de mim

Sei que te afugento da forma que me apresento
só que sou poeta e se não tenho amor invento
crio fabulas e fantasias tentando te impressionar

E vejo no que deu
onde tudo foi parar

Você não me compreendeu
e eu tentando justificar

É como um baralho doido
a onde você é a rainha do jogo

Quanto mais reino no baralho
mais no amor me atrapalho.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Vanglória

O passado é repleto de vanglória
por mais que a coisa tenha sido feia

quando se fala do passado
só se vangloreia.

domingo, 17 de maio de 2015

Fato consumido


Fascínio fagulhas e fantasias

fatos podres no cano entupido da pia


Os fatos de peixes

e o gato que espia



Astúcia e arte manha 

violência tamanha 
 

Deitado sobre um tapete 

no meio de um palacete 

não sai pra pescaria 

nem debaixo de cacete 
 
 
E pode falar mal do bechano 

no gato atira o pau 

pode até estourar o cano 

 
É malandro cadeado 

ganha tudo no meado 

 

O petisco é enlatado 

e o fato é consumido.

SEDE AO PÓDIO


Não te assuste

se um poeta abri a boca

para te cantar e não sair nada


  Tome cuidado 

ele pode te surpreender 

com uma canetada

                                           
  Não te assuste
 
e não vá desanimar

as coisas podem ainda piorar

 
A caneta pode estourar!

E isso poderia te afogar 
 
em afagos de palavras


E no emaranhado das palavras

em meio ao borrão 

da tinta espalhada

você não entenderia nada


E no final de tudo 

eu mesmo não entendo um terço!


E vejo a mão que balança o berço

a mesma a me mostrar

que na multidão das palavras

a tropeço

ao tentar te impressionar

Então me sinto pequeno


e por um instante

Me vejo no berço



com água na boca

O teu seio a desejar.

Barato doido


Barato doido

barato gordo


O barato no sapato
no sapatinho

O barato como a pedra no caminho


O barato quase sempre sai caro

o barato é ordinário!

 
O barato enrustido

 
O barato do vestido de mainha

O barato perde a linha

 
 
O barato no armário 
 
ta crescendo e tem ovário

temo a proliferação


Não se esconde mais no armário

o lendário Ricardão.

sábado, 14 de março de 2015

Somente uma cantada na Mariana, que queria ser Marieta

Olá Mariana!

Quer saber do que eu preciso 
pra te mandar uma letra? 

Somente papel e caneta 
que é pra rimar com Marieta

Sem essa de Romeu e Julieta 
amores platônicos e paixões proibidas

Sem essa
 que é pra não 
complicar nossas vidas

Tudo podemos ser
tudo podemos ter 
se passarmos a crer 
no que queremos!

Até Marieta seremos.
chego a uma conclusão
que todo pai solteiro de trinta e todos anos
são portadores da síndrome do seu Madruga!
ainda moram de aluguel e vivem de aluguel atrasado
vivem desempregados e cansados de tanto trabalhar 
e todos os dias dormem sonhado em ficar rico
e acordão cansados de ser pobre.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

É de piaçava

É de piaçava 
É de piaçava, é de piaçava
a vassourinha dela é de piaçava

Sempre que tem forró 
é a primeira a chegar
e ao botar os pés no salão 
já varreu pra nos dançar
porque!!!!!

É de piaçava, é de piaçava
É de piaçava a vassourinha dela é de piaçava
vassoro varreu um


vassoro varreu dois
virou rodo e foi três 
três matutos de uma vez.

Jogado as traças



Estou comedo do mundo
não sou mais um vagabundo

estou comedo das traças
 não  visto a velha calça 

tenho medo até de escrever 
meu português é bagaça!

estou comedo do sol
sempre que vem 
me descasca

Eu to comedo da cana 
que sempre vira cachaça

 me lança na velha praça
vestido na velha calça
largado jogado as traças.